quinta-feira, 31 de maio de 2018

CONFESSO




Confesso, já escrevi seu nome na areia e as ondas apagaram,
não lembro em que mês e em que ano, afirmo escrevi!
Fui sozinha à praia e tal uma criança fui rabiscando a areia e depois olhei as espumas lambê-las.
Lembrei da música "Quatro semanas de amor" (música errada),  a música certa seria "Xote dos milagres".
Confesso,  já escrevi poemas! 
Um monte de palavras mal conectadas e sem a beleza dos textos que apenas os poetas possuem o domínio.
Confesso já ouvi músicas!
Ouvi músicas e na minha cabeça nonsense imaginei que estávamos dançando.
Confesso, mudei!
Hoje, hoje quando vou ao Mar deixo ele ser o meu remédio.
Respeitando a  imensidão e o volume da  água, sua força e sua serenidade, 
as vezes  o contemplo, as vezes me banho.
Deixo por lá parte das minhas dores.
Já não existem festas imaginárias.
Mais racional, menos utópica.
Só não deixo de escrever, até que a morte me separe.