segunda-feira, 31 de maio de 2010

domingo, 30 de maio de 2010

FOTOGRAFIAS MUSICAIS - FLASHS DO ESPAÇO-TEMPO I

Quando se calam as palavras


Quando a palavra tem que se calar.

Silêncio!

E o silêncio aperta o peito,

angústia!

E quando a angústia aperta a alma,

tormento!

E alma se aperta?

Se pega?

Se expreme?

Quando se calam as palavras para onde corre os sentimentos?

Para a alma?

E como se afaga a a alma?

Silêncio...

E como se afaga a alma?

Ninguém ensina estas coisas na escola...

Tem gente que fala que nem existe...

- Existe, o que?

- A alma!

- Mas essa gente fica triste e chora, se alegra e sorri, tem sonhos e pesadelos como todas as outras, sente!

As vezes penso ser um passarinho: um sabiá, um bem-te-vi, um pardal, uma maritaca, um beija-flor....

ou quem sabe uma daquela flores do campo, lindas, coloridas e maravilhosas que encantam a vida da GENTE,

mas que não tem tempo de sofrer porque nasce e morre no mesmo dia,

mas de tão belas, cheirosas e coloridas, alegram a vida da GENTE e,

deixam lembranças queridas.

- Já sei então!

- Não sou um passarinho, sou um buque de flores do campo!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Albert Einstein

A vida é como jogar uma bola na parede:
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca,
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força...
Por isso, nunca jogue uma bola na vida de forma que você não esteja pronto a recebê-la.
A vida não dá nem empresta;
não se comove nem se apieda e
Tudo quanto ela faz é retribuir transferir aquilo que nós lhe oferecemos.

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Lia Luft

Um anjo vem todas as noites
Senta-se ao pé de mim, e passa sobre meu coração a asa mansa como se fosse meu melhor amigo.
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Angelino de Oliveira

Nestes versos tão singelos
Minha(meu) bela(belo) meu amor
Prá você quero cantar
O meu sofrer e a minha dor
Como canta o sabiá
Que quando canta é só tristeza
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
CANELA

Benefícios:
  • sedativo muscular
  • estimulante circulatório
  • redutora de gases intestinais
  • estimulante e fortalecedora do sistema digestivo
  • restabelece o fluxo menstrual
  • diurético
  • desintoxicante

Um recente estudo em pacientes com diabetes demonstrou que o uso diário da canela (1/4 de colher das de chá), por 40 dias, reduz em 18 a 29% os nivís de triglicerídios, 7 a 27% os níveis de LDL colesterol (mau colesterol) o colesterol total em 12 a 26%.

Dica: - Canela e pó ou pau deve ser armazenada num recepiente de vidro hermeticamente fechado e guardado em local fresco e longe do abrigo da luz.

Fonte: Eletrobrás Divisão de Saúde, Segurança do Trabalho e Bem Estar Social - DAGS

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Eu, Modo de Usar

Marta Medeiros


Pode invadir
Ou chegar com delicadeza,
Mas não tão devagar que me faça dormir.
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar...

Toque muito em mim
Principalmente nos cabelos
E minta sobre minha nocauteante beleza
Tenha vida própria,
me faça sentir saudades.
Conte algumas coisas que me façam rir..
Viaje antes de me conhecer,
Sofra antes de mim para reconhecer-me...
Acredite nas verdades que digo
E também nas mentiras, elas serão raras
e sempre por uma boa causa.

Respeite meu choro,
Me deixe sozinha.
Só volte quando eu chamar e,
Não me obedeça sempre
que eu também gosto de ser contrariada
Então fique comigo quando eu chorar, combinado?

Me conte seu segredos...
Me faça massagem nas costas.
Não Fume,
Beba,
Chore,
Eleja algumas contravenções.
Me rapte!
Se nada disso funcionar...
Experimente me amar!




terça-feira, 11 de maio de 2010

Homenagem as mulheres da família

Maria Ofélia: por Moema Cavalcanti



Neste post, no mês de Maio, que dizem ser das mulheres, faço por meio de um texto de Moema Cavalcanti, homenagem as mulheres da minha família materna.
Moema, prima de mamãe, e, logo minha prima também, é parte da grande família: dos Cavalcanti, dos Figueiredo, dos Uchôa, dos D'Albuquerque.
Num texto belo, carregado de imagens e sentimentos, Moema descreve sua mãe: mulher forte, espirituosa, e bela em seus quase 93 anos.
Maria Ofélia, tia Ofélia como a chamo, gosta de costuras, bordados, rendas e barras. Moro muito longe, mas sempre que vou à Recife, visitas à casa dela estão incluídas.
No espaço reservado às minhas lembranças queridas, a casa de titia tem um gosto especial: das brincadeiras no jardim e no quintal; dos jambos-do-pará, maravilhosos que pintam a grama de vermelho e branco; de risos e de conversas; de festas; de um festival de cores e, também de conselhos que nós leva a repensar algumas atitudes e não se abater diante de adversidades.
Na minha adolescência sempre quando queria um vestido ou um conjunto diferente, especial, ia à casa de tia Ofélia. Algumas vezes adquiria alguma peça por ela bordada, ou ela confeccionada algo que ela mesmo idealizava ou algo que eu solicitava. Com uma memória melhor que a minha... em uma das visitas que fiz, ela lembrou de um conjunto de blusa e saia, arrematada por uma rosa de tecido. Uma belo conjunto em preto e branco, o qual usei muitas e muitas vezes.
Tenho algumas peças que adquiri e outras que ganhei dela nos últimos anos: saias, vestidos, coletes e blusas.
Aqui peço desculpas a Moema, por não colocar todas as imagens. Como já disse em outro post, estou aprendendo esta linguagem do grupo dos blogueiros.
Um beijo enorme às mulheres da minha família, e para todas as outras mulheres que de alguma forma tenha acesso a este post, feliz mês das mulheres e que o Senhor continue a distruibuir sua Graça e Misericórdia sobre nós!

É a minha mãe!



Maria Ofélia nasceu no Recife no dia 14 de outubro de 1917.
Menina católica, ela se confessava todos os domingos.
- Perguntava: - Que pecado que você cometeu, minha filha?
E todos os domingos, com a ajuda do padre, ia descobrindo ótimos pecados para cometer.



Sempre teve medo de bicho. De sapo e lagartixa então, nem se fala.Um dia viu uma rãzinha no banheiro: - Paulo, pelo amor de Deus, mata aquela rã que está na parede do banheiro.

Papai que tinha lá os seus temores, tentou se safar da tarefa: - Felinha, rã não faz mal a ninguém... Pelo contrário, ela come insetos nojentos, mosca, mosquito, aranhas, muriçocas, baratas...

- Paulo, me dê todos os insetos dessa casa que eu como um por um, mas por favor, MATE AQUELA RÃ!!!




- Mãe, você está usando o aparelho auditivo? - Estou.... - Tem certeza? - Claro que tenho! Por quê você está perguntando? - Porque você não está percebendo que está falando muito baixinho. Eu mal consigo ouvir...

- Então a surda aqui não sou eu não.
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Outro dia minha irmã ligou pra mamãe pra contar que Dr. Fulano de Tal que tinha sido colega do meu pai, havia falecido. - Sabe quem é, Mamãe? Aquele desembargador... - Sei. Morreu, foi? Do quê? - De repente... Estava sentado vendo televisão, teve uma tontura... Mamãe, mais que depressa: - Pode parar de contar que eu não quero aprender não.
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Quinze dias após a morte de papai, ela volta a frequentar a academia de ginástica.
As amigas a esperam no portão. Uma delas, viúva recente. experiente portanto, tenta consolar minha mãe:
- Ofélia eu imagino o quanto deve estar sofrendo com saudade de Dr. Paulo. Fique tranquila, ele está num lugar lindo, cheio de flores, lagos azuis com peixinhos dourados, campinas verdes, onde não há maldade nem violência.
Se Deus quiser, um dia você vai querer estar com ele lá no céu, não vai?
Mamãe, indignada: - Eu??? Tá maluca
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Numa das últimas vezes que estive em Recife, minha mãe insistia em comer um sanduiche de queijo do reino.
Verifiquei que o quejo estava fora do prazo de validade havia uma semana e tentei impedir que ela comesse.
- Mamãe, esse queijo está vencido. Não vai dar para você comer.
- Mas eu gosto tanto!
- Eu sei..... Mas o queijo está vencido, mãe.
- Mas eu quero!
- Mãe o queijo venceu!!!!
- Pois agora é que eu faço questão de comer este queijo!
- Porque mãe?
- Por que ele é um vencedor. Se ele fosse um perdedor eu até abria mão de comer, mas um ven-ce-dor?!?!
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Quando eu estive em Recife em dezembro fui com mamãe à sua aula de hidroginástica. Deixei-a na piscina e fui à fármacia comprar o remédio para regular sua pressão que havia acabado. Voltei, peguei um copo de água e o comprimido e dei a ela.
O amigo dela médico que também faz hidroginástica perguntou: - Ofélia, que rmédio é esse que você está tomando?- Anticoncepcional...Não dá para confiar nesssa piscina....

Bendita és tu entre as mulheres



Eu só não sei fazer teia de aranha e mel de abelhas.





Eu não sou baixinha. Eu sou concentrada!




Benditos são os frutos (e subfrutos) do teu ventre.

....Jesus



Em outubro de 2009 eu, meus filhos meus netos fomos juntos ao Recife para a comemoração do seu 92º aniversário.

Enquanto voávamos, minha mãe sofreu um grave acidente doméstico que a deixou com o rosto desfigurado.

Diante da perspectiva de assustar os bisnetos, Mamãe desengavetou uma velha máscara de carnaval para cobrir o rosto.
Ao chegar em sua casa, nos deparamos com esta figura:



Quatro dias depois do acidente, Ofelia estava lépida e fagueira, no lançamento da nova edição do livro Eça de Queiróz, Agitador no Brasil, de Paulo Cavalcanti.


Motivos de orgulho e paixão.




O JASMINEIRO EM FLOR


O FLAMBOYANT SEXAGENÁRIO QUE ELA MESMA PLANTOU



A CADA SAFRA, SÃO COLHIDAS MAIS DE 600 MANGAS DE UMA ÚNICA MANGUEIRA


OS DOCES CAJÚS




OS JAMBOS-DO-PARÁ




AS ACEROLAS NO PÉ



AMIZADE, CONFIANÇA E RESPEITO HÁ MAIS DE SESSENTA ANOS


Quando Ofélia completou 80 anos, escreveu esta mensagem aosamigos:

A new-octogenária agradece a presença de todos os que vierem comemorar os seus oitenta anos "nunca dantes navegados" e os convida para os próximos anos, já dentro do novo milênio, abrilhantar com mais alegria e descontração e explendor de cada nova idade.

Viva o Brasil que será em breve o país mais povoado de pessoas de terceira e quarta idades!

Nós somos o futuro!

Viva o Futuro do Brasil!
E o nosso também.

Arre!!!

Ofelia

Incansável até hoje



A SUA FESTA DE 90 ANOS, ALGUMAS AMIGAS A HOMENAGEARAM USANDO VESTIDOS BORDADOS E CONFECCIONADOS POR OFÉLIA

A CASA DO CAJUEIRO


NO BAIRRO DO CAJUEIRO, A CASA ONDE OFÉLIA MORA HÁ SESSENTA E TRÊS ANOS. ÚMA SE APÓIA NA OUTRA, SE UMA CAIR, A OUTRA DESMORONA.

Amém

Mainha, tu é foda"!

MOEMA CAVALCANTI
DIA DAS MÃES / 2010


sexta-feira, 7 de maio de 2010












O DVD não substitui
o prazer de assistir a um filme
em tela cheia, em uma boa sala de cinema!







Cinema

Tom Jobim/Michael Franks

Was once a lady broken-hearted and undone
She nearly lost her faith she'd ever meet her
mate one day,
Though love was nearby, in fact, about to make
its entrance
Later in the script, but in the meantime...
Behind her smile lived a loneliness
No Leonardo could hide
When hearts collide
Can they ever repair?
Love never lasted off-screen;
How could she fly without wings?
Losing each new leading man
To those unhappy endings.
Behind her tears ebbed an emptiness
Vast as an ocean, as blue,
But no one knew
Of the weather within.
Cinema aimed at the heart,
But none of the loves scenes were real:
Simply rehearsing a part
She'd forgotten how to feel.
Enter the one whom the author created
especially for her;
The focus blurs
The composer writes strings.
Cinema straight from the heart,
Shot on location within,
We see the past fade to black;
We see happiness begin.

Em busca das Origens - Os Carrilho

Como já expliquei em outro post não carrego Carrilho no sobrenome, mas faz parte das minhas origens.
Na Espanha, em meados do século XVII, chegaram dois jovens alemães em Castilla, que eram chamados os Carrillos, deram origem a uma linhagem de nobres na Espanha e o sobrenome/apelido se espalhou pela Espanha, chegando a Portugal, Costa Rica, Cuba, Venezuela, Brasil, Paraguai...
Segundo Jaime, um português de Pemba, a origem do Carrilho em Portugal é matéria de controvérsia. Tudo indica que nobres de Espanha tenham vindo fixar-se em Portugal por razões não claras, nomeadamente em Castelo de Vide, por volta do século XVII. Dai o apelido "Carrillo" foi aportuguesado para Carrilho. Estes nobres beneficiaram-se da protecção da coroa portuguesa e adquiriram brasão próprio que os distingue do brasão castelhano com algumas semelhanças. Alguns Carrilhos foram morar em Moçambique, um deles foi nomeado pelos reis de Portugal para ser Governador das Ilhas de Cabo Delgado, no século XVIII. Este governador aparece com um corpo de soldados da guarda com um outro Carrilho como sargento. Daí a origem dos Carrilhos de Moçambique.
No Brasil registra-se a família Carrilho primeiramente no Rio de Janeiro em 1604 e posteriormente no Rio Grande do Norte em 1758, estado natal de minha avó Julinha.
O sobrenome Carrilho, da minha avó materna, foi conservado após seu casamento, o que não era o costume da época uma vez que prevaleceu o sobrenome materno e não o paterno, Sant'Ana. Em suas memórias minha avó lembrava de seu irmão Joaquim: - Alvinho, que via-se as veias de toda a sua face. Também de sua mãe, clarinha e seu pai moreno.
Por alguma razão que ela não sabia explicar direito, os pais sairam do Rio Grande Norte e foram à Recife, lá as crianças ficaram internadas no Colégio Americano de Pernambuco, fundado em 1904, cujo nome posteriormente foi trocado para Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, o colégio passou a ser sua casa.
Os pais a visitavam cada vez menos e em uma das últimas visitas a mãe estava bem doente, e posteriormente foi comunicado à ela a morte de seus pais. A família do Rio Grande do Norte, não foi buscá-la, minha vó nunca mais viu seu irmão Joaquim e Miss. Margareth Douglas uma das diretoras da instituição fez as vezes de mãe. Miss. Douglas foi enterrada no Cemitério dos Ingleses de Recife, que fica localizado em frente a TVU - TV Universitária. Vovó lembrava dela com carinho.
O Cemitério dos Ingleses, acima, segundo Vainsencher, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco, encontra-se fechado a maior parte do tempo. Apresenta um portão de ferro, datado de 1852 - obra dos ingleses da Fundição d'Aurora- e possui um administrador particular eleito, em sua maioria, por ingleses e/ou seus descedentes que ali possuem jazigos. O Cemitério foi a última morada de todos que não podiam ser enterrados nos chamados Campos Santos, sendo última morada de ingleses, holandeses, franceses, suíços, americanos e alemães na maioria protestantes e alguns brasileiros não-protestantes considerados comunistas como o General Abreu e Lima. Os judeus possuiam seu próprio cemitério, uma vez que também não podiam ser enterrados nos Campos Santos.
Vovó Julinha concluiu o curso Normal, na década de 1930, justamente na época que este começou a se profissionalizar no Brasil. Em suas memórias ela contava que aprendeu o inglês (que logo esqueceu por falta de prática), que gostava de ir na cozinha pegar cubos de açúcar, da rigidez das mesas nas horas das refeições que as internas apelidavam de céu e inferno, que aprendeu a fazer "o famoso" , para os netos, tablete de chocolate! Que aprendi a fazer, simples receita, que minhas primas nunca conseguem acertar o ponto... mesmo eu ensinando várias vezes.... Quando minha vó morreu, fui eu que fiquei incumbida de fazer os tabletes para os primos e para meu tio Márlio (in memorian) que devorava.
Perto da escola ficava e fica a Ponte D'Uchôa, local onde parava bonde, e que vovô João começou a observá-la através das frestas do muro do colégio. Contava-se que ele chegou em sua casa e disse para minha bisavó Olga: - Vi uma morena linda e com ela vou me casar. E casou! Casaram ainda na década de 1930. Daí meus avós foram morar no Arquipelágo de Fernando de Noronha e depois na Ilha Grande, mas daí são outras histórias....