quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Reflexões


Por um tempo me afastei da literatura: prosas, contos, romances...ah as poesias, poesias que me alimentam.
O tempo era curto, trabalhava, trabalhava, trabalhava... lia, lia: apenas livros técnicos.
Literatura, música, dança, teatro, pintura, escultura, como me fazia falta.


Vez ou outra mergulho em outra dimensão.
Nela tento escrever.
Escolher as palavras para descrever o que sinto, o que sou, o que vejo.
Não sou uma profissional da escrita.
A dimensão surge quando as palavras dançam em minha mente, misturadas com as impressões de tudo que já vivi e observei.
A poesia me ajuda a ser mais humana, a enxergar o outro.
Ainda posso fazer escolhas, alguns não podem mais.
Quisera sempre fazer escolhas certas.
Quisera sempre enxergar o outro em suas possibilidades, em suas limitações.
Quisera nunca mais me afastar da arte, da sensibilidade, do que me faz mais humana do que me adoça.
A poesia do pássaro pousando na água.
A poesia do entardecer.
A poesia das brincadeiras dos pequenos no parque.
Da mão que afaga.
Da boca que beija.
Do trabalho e do carinho.
A poesia de quem fala, chora, defende, rir, vive e morre em paz.
Das flores no banco da praça, das flores da praça. da flor que sou eu, dos espinhos que me ensinam, da luz que me sustenta.

por Flávia Cavalcanti Gonçalves

2 comentários:

  1. Adorei o texto! acho que todos procuram um vírgilio, da Divina Comédia, como guia.

    Abraços!

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  2. Minha amiga, a Literatura tem sido um bálsamos para mim. Além das Escrituras Sagradas que sempre trazem consolo a minha alma, a literatura escrita por homens e mulheres, mortais como eu, tem enchido a minha vida de prazer. Hoje eu vivo juntando livros e mais livros, na esperança de um dia poder desfrutar de cada um deles, sem pressa, sem correria, sorvendo, apenas, o prazer de uma boa leitura!

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