terça-feira, 27 de abril de 2010

O azul e o branco

Azul e branco são as cores da bandeira de Israel.
Azul e branco são as cores presentes na maioria do manto de rezas dos homens judeus, o Talit.
Azul e branco são as cores dos uniformes dos prisioneiros judeus durante a II Guerra Mundial.
Recentemente li, "O menino do pijama listrado" de John Boyne, um ex-aluno meu do Curso de História, o Wilson, me falou do filme. Não consegui ver o filme, resolvi comprar o livro (mas ainda vou assisti-lo).
O livro de John Boyne me fez lembrar não sei por que outro, "O menino do dedo verde" de Maurice Druon. Ambos falam de guerra e de seus horrores, mas em perspectivas diferentes.
Lembrei também de Exodus de Leon Uris, meu livro há muito, está com uma amiga de descendência libanesa! Tenho alguns amigos e amigas "libaneses" e, troco conhecimentos e informações com eles.
Os horrores das guerra sempre me impressionaram, assisti Duas Mulheres, La Ciociara, (filme italiano com Sophia Loren) muito jovem, entretanto ainda lembro-me da cena do estupro da mãe e da filha, o olhar perdido da jovem se lavando no rio e o desespero da mãe. Mesmo assim, continuei assistindo filmes sobre guerras, especialmente sobre a II Guerra Mundial.
Yom HaShoah, o Dia de Lembrança do Holocausto, é guardado em Israel no dia 27 de Nissan do calendário judaico, ou 11 de Abril. O Dia Mundial do Holocausto é lembrado pela ONU em 27 de janeiro, pois foi em 27/01/1945 que os soviéticos liberaram os prisioneiros restantes do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.
Na tradução do livro de BOYNE, Auschwitz, vira Haja-Vista, ou seja, a forma como Bruno o menino alemão denomina o lugar. E que vista! E que lugar! Onde semelhante aos tempos da escravidão brasileira (outro assunto a ser tratado) os prisioneiros eram marcados como gado, para os judeus uma tristeza, uma vez que a Torah os proíbe de fazer "tatuagens".
O Complexo de Haja-Vista (Campo I - Auschwitz, Campo II- Auschwitz-Birkenau e Campo III - Auschwitz-Buna) jamais devem ser esquecidos. Além destes havia outros campos de prisioneiros e de concentração nos diversos países conquistados pelos nazistas.
Frutos da idéia de uma raça superior as demais, nos campos foram torturados e/ou mortos ciganos, homossexuais, anarquistas, comunistas, minorias religiosas, pessoas portadoras de deficiência e, muitos e muitos judeus - o alvo principal.
No San Francisco Jewish Film Festival de 2009, foi exibido um curta belíssimo: J A I - Nunca esquecer. de 9' 15", do
diretor mexicano Ariel Zylbersztejn. Consegui assistir o curta e compartilhá-lo com alguns professores e professoras de História, entretanto atualmente o link não está acessível facilmente no youtube.
Quando por alguma razão o tema judaísmo entra nos assuntos aqui em casa, tenho um filho que sempre lembra: - Mãe, pela mãos dos "cristãos" os judeus foram segregados, perseguidos, torturados, mortos, considerados os "nada" da humanidade e diz ele, o pior, é que estes "cristãos" esquecem que Jesus/Yeshua era judeu! Que nasceu cresceu e viveu como judeu!
Pensando nas palavras do meu filho, lembrando que todo fanatismo é um perigo seja ele qual for, que os horrores de guerra nunca devem ser esquecidos, que existem etnias, mas raça entre os humanos apenas a "Raça Humana"...
"... e acabou sentado no chão, quase na mesma posição em que Bruno passara as suas tardes durante um ano (...) pois não se importava com o que lhe fizessem agora". John Boyne.

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