quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O mineirinho.

O mineirinho tinha os cachinhos dourados e o os olhos azuis.
Ela o via sempre nas reuniões que participava uma organização interdenominacional de missão para jovens.
Com o tempo começaram a conversar bastante e a amizade a se estreitar.
O mineirinho assumiu a liderança da organização naquela região.
Francisca começou a ter sentimentos amorosos em relação ao mineirinho.
As conversas se intensificaram,  começaram a passear juntos, o sentimento de Francisca era o de um amor romântico.
Conversa vai, conversa vem, o mineirinho um dia resolveu abriu o jogo.

- Francisca, não quero namorar você. Sou pobre e quero crescer na vida.
Sou líder nesta organização e estou estudando para ser um líder religioso, a única forma que vislumbro alcançar minha meta: namorar com filhas de líderes bem sucedidos financeiramente e você Francisca é uma garota pobre.

Numa tarde fria nos arredores da grande Belo Horizonte, em um retiro para jovens (no qual  a moça participava), Francisca  foi tomar um  banho, a água caiu como pedras de gelo no seu corpo de 52 kg, os ossos doeram, teve uma crise de tremor que demorou a passar. Enxugou-se, colocou a roupa se arrumou.
Francisca, não ficou gripada, não teve tuberculose, nem pneumonia.
A água gelada levou para o ralo o amor romântico.
O mineirinho mudou de estado, nunca mais Francisca soube dele, esqueceu seu nome, não sabe se o carinha alcançou  seus objetivos.
E uma tarde se encontrava no meio de uma chuvarada com gotas fortes, Francisca se lembrou do caso e sorriu, pensou... Estou começando a envelhecer, estou relembrando histórias antigas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário